Delicadeza, criatividade, inspiração. O som do Duo Mitre, formado pelas irmãs Luísa, pianista, e e Natália, vibrafonista e percussionista, convida a uma audição aguçada em sensibilidade, para melhor desfrutar a música das artistas que tocam juntas desde a infância e vêm colaborando com diversos instrumentistas e grupos de Minas Gerais. Além de terem lançado os discos "Oferenda", de Luísa, e "Bendito Jazz" (Amaranto e Trio Mitre).

As musicistas se apresentam no Festival Jazz & Blues estreando um novo espetáculo: "Chegada". Nome de uma música de Luísa. Unindo piano e vibrafone, ela e Natália prometem, além de composições próprias, um passeio por temas de grandes nomes do instrumental brasileiro. Obras de compositoras como Léa Freire ("Mamulengo"), Tânia Maria (Yatra-ta), Clarisse Assad ("The last song") e Débora Gurgel ("Na ginga do Guinga").

Também estão no repertório Egberto Gismonti ("Sanfona" e "Karatê"), Jacob do Bandolim ("Assanhado), Sivuca e Oswaldinho do Acordeom, com o clássico "Um tom pra Jobim", e Keith Jarrett ("In your quiet place").

Menos recorrente na música brasileira das últimas décadas, o vibrafone é um instrumento utilizado com mais frequência no jazz norte-americano, como nas décadas de 40 e 50, com Lionel Hampton, consagrado como o primeiro vibrafonista do jazz.  A regravação de "Chega de saudade" com vibrafone, por Gary Burton, que também tocou "Garota de Ipanema" com Astrud Gilberto, integrou um disco vencedor do Grammy em 1972. O instrumento também se destaca em orquestras e grupos de música de concerto.

Luísa Mitre - piano
Natália Mitre - vibrafone

Foto: Henrique Bocelli